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Brasil precisa vencer barreiras para aproveitar seu potencial no Turismo Ambiental

O turismo sustentável é uma tendência que veio para ficar. Em um cenário de recuperação pós-pandemia, o setor busca se diferenciar e atender às demandas dos viajantes conscientes, que valorizam a proteção e a conservação do meio ambiente. Segundo Carlos Werneck, presidente-executivo do Visit Rio Convention Bureau, essa é uma pauta prioritária para o segmento, que reconhece a responsabilidade com o planeta e as gerações futuras.

"Além de ser uma questão ética, o turismo sustentável também é uma oportunidade de negócio. As empresas que adotam esses princípios são mais rentáveis, inovadoras e produtivas" - justifica Claudia Coser, CEO da startup Nobis, especializada em soluções da Agenda ESG (Ambiental, Social e Governança).

O faturamento começa a dar a volta por cima após a pandemia que devastou o segmento. E o Brasil comprova essa dinâmica: no primeiro quadrimestre deste ano, foram movimentados R$ 73 bilhões, o maior patamar desde 2015. Os serviços de transporte aéreo, hospedagem e alimentação foram os principais responsáveis por esse resultado.

Pós-Covid-19

No entanto, após o trauma da pandemia, as pessoas ficaram mais conscientes e zelosas com o meio ambiente. Passou a ser um dos quesitos prioritários em suas escolhas roteiros que não impactem a natureza. O trade turístico busca atender às demandas sustentáveis dos viajantes reconhecendo sua a responsabilidade com o planeta e as gerações futuras.
"O turismo tem o potencial de colaborar com a proteção e a conservação do meio ambiente e nós, do Convention Bureau, colocamos essa pauta como prioritária na nossa agenda, pois avaliamos que é fundamental reconhecer a responsabilidade que temos em relação ao estado do nosso planeta e às gerações futuras" explica Carlos Werneck - presidente-executivo do Visit Rio.
Há uma escassez de opções no mercado para atender à crescente demanda dos clientes mais responsáveis. Segundo a plataforma de viagens Booking, 80% dos viajantes globais se queixam pouca diversidade sendo que 51% consideram em quantidade insuficiente.
Vencendo obstáculos

Esse processo de adaptação é profundamente desafiador. Isso porque o turismo é suscetível a várias outras influências externas, como: flutuações cambiais, oscilação no valor dos combustíveis, questões diplomáticas, violência, percepções negativas e condições climáticas adversas, entre elas o aquecimento do planeta.

De acordo com o 12º Estudo de CEOs do Pacto Global da ONU, 93% dos líderes empresariais de 128 países listaram mais de dez obstáculos que enfrentam a engrenagem atual rumo ao processo de ajuste  sustentável.
Rio de Janeiro
Apesar das dificuldades, é preciso se adequar urgentemente a essa nova exigência por uma questão de sobrevivência do setor. O Rio de Janeiro é um exemplo disso. O portão de entrada do estrangeiro no Brasil não pode ficar deitado em berço esplêndido eternamente graças a sua geografia privilegiada entre o mar e a montanha e por abrigar as florestas de Pedra Branca e da Tijuca. Isso apenas não basta para o consumidor atual.
"O turismo sustentável está crescendo cada vez mais e o estado do Rio vem acompanhando esse desenvolvimento e se envolvendo em várias ações mais conscientes. Nós estamos trabalhando em projetos, viabilizando ações futuras a fim de fomentar cada vez mais no Estado. É de suma relevância entendermos que temos que preservar a parte cultural, social e ambiental dos destino, ressaltando os atrativos e diferenciais de cada localidade com respeito e responsabilidade."- argumenta Guilherme Abreu - presidente do Bureau de Turismo do Estado do Rio de Janeiro.
Já Carlos Werneck, do Visit Rio explica que estão sendo incluídas contrapartidas sustentáveis e inovadoras nos processos de candidatura do Rio como sede de grandes eventos nacionais e internacionais.
"Estamos desenvolvendo um trabalho de sensibilização com nossos associados e parceiros neste sentido"
Luta rumo ao Patrimônio da Humanidade
Um caso emblemático é o do Hotel Vila Aty, localizado no vilarejo de Atins, no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. Embora a região esteja na corrida para obter o título de Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO, os empreendimentos locais enfrentam desafios estruturais e logísticos que dificultam a implementação de medidas sustentáveis.
"Serviços básicos, como coleta seletiva, ainda não são providos pelas autoridades competentes. Mesmo assim, o hotel já conseguiu introduzir torneiras de fluxo reduzido, uma mini estação de tratamento de esgoto que purifica a água antes de devolvê-la à natureza, lâmpadas eficientes e painéis solares" explica o administrador Saulo Prazeres.
Ainda segundo o executivo, outro problema sentido é a falta de preparação de uma mão-de-obra qualificada na região, mas que procura compensar impulsionando a economia local ao priorizar compras de produtores da área.
Não resta a menor dúvida de que é preciso um esforço conjunto envolvendo a sociedade, o trade turístico e governantes para que o Turismo Ambiental possa vencer todas as dificuldades e desenvolver as potencialidade naturais existentes no Brasil.
“Precisamos nos unir para que juntos, órgãos públicos e privados, possamos elaborar políticas que garantam a preservação do nosso planeta"- finaliza Werneck.
Essas histórias ilustram que apesar de existir um longo percurso ainda para se caminhar, o desafio é urgente. Isso porque a adoção de práticas sustentáveis é muito mais do que uma tendência passageira dos turistas. Portanto, a capacidade de se adaptar será crucial para a sobrevivência do setor diante da forte concorrência mundial, a interconexões globais e da crescente consciência ambiental.

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